terça-feira, 14 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
CONCEITO
O torneamento é a operação por intermédio
da qual um sólido indefinido é feito girar ao redor do eixo da máquina operatriz que executa o
trabalho de torneamento ao mesmo tempo em que uma ferramenta de corte lhe
retira material perifericamente, de modo a transformá-lo numa peça bem
definida, tanto em relação à forma como às dimensões.
Principais
partes de um torno paralelo ou universal
No torneamento, a matéria-prima (tarugo)
tem inicialmente a forma cilíndrica. A forma final é cônica ou cilíndrica. Na
operação de corte a ferramenta
executa movimento de translação, enquanto a peça gira em torno de seu próprio eixo.
Evolução Histórica I
O torno desde antigamente vem sendo usado
como meio de fabricar rodas, partes de bombas de água, cadeiras, mesas, e
utensílios domésticos. Sabe-se que antigas civilizações, a exemplo dos
egípcios, assírios e romanos, já utilizavam antigos tornos como um meio fácil
de fazer objetos com formas redondas.
Os Tornos de Vara foram
muito utilizados durante a idade média e continuaram a ser utilizados até o
século 19 por alguns artesões. Nesse sistema de torno a peça a ser trabalhada
era amarrada com uma corda presa numa vara sobre a cabeça do artesão e sua
outra extremidade era amarrada a um pedal. O pedal quando pressionado puxava a
corda fazendo a peça girar, a vara por sua vez fazia o retorno. Por ser fácil
de montar esse tipo de torno permitia que os artesões se deslocassem facilmente
para lugares onde houvesse a matéria prima necessária para eles trabalharem.
A necessidade por uma velocidade contínua
de rotação fez com que fossem criados os Tornos de Fuso. Esses
tornos necessitavam de duas pessoas para serem utilizados (mais, dependendo do
tamanho do fuso), enquanto um servo girava a roda o artesão utilizava suas
ferramentas para dar forma ao material. Esse torno permitia que objetos
maiores e com materiais mais duros fossem trabalhados.
Com a invenção da máquina a vapor por
James Watt, os meios de produção como teares e afins foram adaptados à nova
realidade. O também inglês Henry Moudslay adaptou a nova máquina a um torno
criando o primeiro torno a vapor.
Essa invenção não só diminuía a
necessidade de mão de obra, uma vez que os tornos podiam ser operados por uma
pessoa apenas, como também fez com que a mão de obra se tornasse menos
especializada. A medida que a manufatura tornava-se mais mecânica e menos
humana as caras habilidades dos artesões eram substituídas por mão de obra
barata.
Isso deu condições para que Whitworth em
1864 mantivesse uma fábrica com 700 funcionários e 600 máquinas ferramenta.
Moudslay e Whitworth ainda foram responsáveis por várias outras mudanças nos
tornos da época, como o suporte para ferramenta e o avanço transversal.
Evolução Histórica II
1906: Torno já
tem incorporadas todas as modificações feitas por Moudsley e Whitworth. A
correia motriz é movimentada por um conjunto de polias de diferentes diâmetros,
o que possibilitava uma variada gama de velocidades de rotação. Sua propulsão
era obtida através de um eixo acionado por um motor, o que fixava a máquina a
um local específico.
1925: Torno Paralelo.
O problema de ter de fixar o torno é resolvido pela substituição do mesmo por
um motor elétrico nos pés da máquina. A variação de velocidades vinha de uma
caixa de engrenagem e desengates foram postos nas sapatas para simplificar
alcances de rotação longos e repetitivos. Apesar de apresentar dificuldades
para o trabalho em série devido a seu sistema de troca de ferramentas é o mais
usado atualmente
1960: Torno
Automático. Para satisfazer a exigência de grande rigidez criou-se uma
estrutura completamente fechada. A máquina é equipada com um engate copiador
que transmite o tipo de trabalho do gabarito através de uma agulha.
1978: Torno CNC.
Apesar de não apresentar nenhuma grande mudança na sua mecânica, o torno de CNC
como é chamado substituiu os mecanismos usados para mover o cursor por
microprocessadores. O uso de um painel permite que vários movimentos sejam
programados e armazenados permitindo a rápida troca de programa.
Evolução Histórica III – Ferramentas de Corte
As ferramentas para torneamento sofreram
um processo evolutivo ao longo do tempo. A demanda da produção, cada vez mais
acelerada forçou a procura por ferramentas mais duráveis e eficientes. Dos
cinzéis utilizados nas operações manuais até as pastilhas
cerâmicas de alta resistência.
Os primeiros passos de pesquisa passaram
pela procura das melhores geometrias para a operação de corte.
A etapa seguinte dedicou-se à busca de materiais de melhores
características de resistência e durabilidade. Finalmente passou-se a combinar
materiais em novos modelos construtivos sincronizando as necessidades de
desempenho, custos e redução dos tempos de parada no processo produtivo.
Como resultado desta evolução consagrou-se o uso de ferramentas
compostas, onde o elemento de corte é uma pastilha montada sobre uma base.
TIPOS DE TORNOS
Torno
Mecânico Paralelo
É o tipo mais generalizado e presta-se a um grande número de operações de torneamento.
Torno Mecânico Vertical
Usado principalmente para peças muito pesadas que não poderiam ser fixadas em um torno paralelo
Torno de Faces
Usado principalmente para peças grandes e de pouca espessura
É o tipo mais generalizado e presta-se a um grande número de operações de torneamento.
Torno Mecânico Vertical
Usado principalmente para peças muito pesadas que não poderiam ser fixadas em um torno paralelo
Torno de Faces
Usado principalmente para peças grandes e de pouca espessura
PARÂMETROS GEOMÉTRICOS
Principais movimentos:
1 – Rotação da peça – CORTE
2 – Translação da ferramenta – AVANÇO
Os Parâmetros de Corte
Para compreendermos melhor a interação
entre a peça e a ferramenta precisamos entender os movimentos relativos entre
elas. Esses movimentos são referidos a peça, considerando-a parada.
- Movimento de Corte – 1: é o movimento entra a ferramenta e a peça, que, sem o movimento de avanço gera apenas uma remoção de cavaco durante um curso.
- Movimento de Avanço – 2: é o movimento entre a peça e a ferramenta, que, junto com o movimento de corte, gera um levantamento repetido ou contínuo de cavaco durante vários cursos ou voltas.
- Movimento Efetivo de Corte: é o resultado dos movimentos de corte e avanço realizados de maneira simultânea.
- Movimento de Profundidade – 3:
é o movimento entre a peça e a ferramenta no qual a espessura da camada de
material a ser retirada é determinada de antemão.
As principais operações executáveis
através de torneamento são:
Sangramento |
Torneamento externo
Torneamento interno
Facejamento
Recartilhamento
FERRAMENTAS DE CORTE
Características
A principal característica que uma
ferramenta de corte deve apresentar é a dureza a quente.
Para trabalhar metais, os principais materiais usados são os aços
especiais, o aço rápido (HSS) e o metal duro (numa
escala crescente de dureza). Entretanto a maior dureza do metal duro é
obtida em detrimento de sua tenacidade, resistindo menos a eventuais
choques com a peça torneada.
Parâmetros geométricos – Ângulos da
ferramenta de corte
G - Angulo de Saída: tem influência direta sobre a direção do plano de cisalhamento. Quando o ângulo
de saída diminui, aumenta o comprimento do plano do plano de
cisalhamento, aumentando o esforço cisalhante e a potencia necessária ao
corte.
B - Angulo de Cunha: depende do tipo de material, da peça, da ferramenta e do tipo de serviço.
Para materiais de grande resistência ou serviços de desbaste aumenta-se o
ângulo de cunha, facilitando dessa forma a dissipação de calor gerado no corte.
A - Angulo de Folga: depende do material a ser usinado. É menor para os
materiais duros e frágeis e, maior para os materiais dúcteis.
VELOCIDADE DE CORTE
A velocidade de corte no torno é a que têm
um ponto da superfície que se corta quando esta gira. Mede-se em metros por
minuto e o valor correto se consegue fazendo com que o torno gire nas rotações
adequadas.
A velocidade de corte depende, entre outros, dos seguintes fatores:
- Material a tornear.
- Diâmetro desse material.
- Material da ferramenta.
- Operação a ser executada.
- Conhecidos esses fatores, tabelas como a do exemplo abaixo permitem determinar a velocidade de corte para cada caso. Com isso pode-se encontrar a velocidade de rotação adequada.
A velocidade de corte no torno é a que têm
um ponto da superfície que se corta quando esta gira. Mede-se em metros por
minuto e o valor correto se consegue fazendo com que o torno gire nas rotações
adequadas.
A velocidade de corte depende, entre outros, dos seguintes fatores:
Material a tornear.
Diâmetro desse material.
Material da ferramenta.
Operação a ser executada.
Conhecidos esses fatores, tabelas como a do exemplo abaixo permitem
determinar a velocidade de corte para cada caso. Com isso pode-se encontrar a
velocidade de rotação adequada.
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